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Exposição inédita do mosaico "Busto de Atleta"
Brasília, Museu da República
04 de junho - agosto
O Museu da República de Brasília receberá no mês de junho uma obra-prima inédita dos Museus Capitolinos de Roma, a qual será apresentada ao público pela primeira vez no Brasil, no âmbito do projeto Itália na Copa.
A obra, Mosaico policromo com busto de atleta remete ao final do século II d.C e início do séc. III d.C. A exposição exibirá ainda três outros objetos utilizados pelos atletas romanos na antiguidade: uma ampola de vidro e revestimento em bronze, onde se conservavam os óleos para o corpo; uma strigile, objeto em bronze utilizado pela maioria dos atletas depois das competições para limpar o excesso de suor e por fim, uma patera, espécie de grande prato longo e raso, onde se jogavam os óleos e perfumes que depois seriam espalmados pelo corpo.
A exposição é de curadoria da Embaixada da Itália com os Museus Capitolinos romanos e oferecerá gratuitamente aos turistas e brasilienses mais uma demonstração dos fortes laços que ligam Roma e Brasília, cidades-irmãs, sendo a Loba Romana – presente romano à fundação de Brasília em 21 de abril de 1960, um dos símbolos da capital brasileira, exposto em frente ao palácio Buriti.
O ESPORTE EM ROMA
Na antiga Roma o exercício da atividade física não foi permeado pelos mesmos ideais que caracterizaram a atividade esportiva na Grécia, onde este era entendido como um momento de forte coesão nacional: em Roma foi acima de tudo uma expressão cultural e artística de tipo exclusivamente cidadão que reveste um papel público e social em tudo particular. As disputas atléticas, como eram concebidas no mundo grego, nunca fizeram realmente parte da tradição romana e foram consideradas sempre um fenômeno de importação imposto por personagens particularmente ligados à cultura grega e em função do adestramento militar.
Ao contrário, em Roma o esporte foi concebido somente em função do espetáculo que poderia oferecer e quanto mais espetacular e violento era o jogo, mas atraía o público que muito cedo tornou-se o grande protagonista participando em massa e determinando, em alguns casos, o êxito da própria competição.
Assim, em Roma foi difundido alguns tipo particulares de “espetáculos esportivos” que se diferenciaram totalmente da “competição atlética” promovida no mundo grego. Modificando deste modo a finalidade da competição em si, conseqüentemente, os protagonistas não são mais os atletas de corpos harmoniosos que disputam entre si pela vitória e a fama, mas são participantes fortes que se encontram em competições geralmente violentas e perigosas para obter poder e riqueza ou, em muitos casos, a liberdade.
Os espetáculos esportivos poderiam entrar em duas grandes categorias bem distintas: ludi e munera e a estas as chamadas certamina, ou seja, as competições atléticas. Da primeira categoria fazem parte as corridas de carro, chamada ludi circenses. Na segunda, entram a categoria de jogos que compreendia os combates entre os gladiadores (ludi gladiatorrii) e as caças (venationes).
Estas iniciativas esportivas determinaram a realização de novas construções que respondiam em modo mais adequado e com estruturas específicas às exigências de funcionalidade e organização dos jogos e da hospitalidade de público em massa de espectadores: nasceram assim os circos, os anfiteatros e os estádios.
A popularidade dos atletas é testemunhada pelas inúmeras representações artísticas que nos foram transmitidas pelos artefatos antigos, como o Mosaico em exposição.
Entrada gratuita



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